Passeio...


Hoje sai pra dar um passeio, acho que nunca tinha feito isso sozinho! Sai pra ter um momento somente comigo, caminhando de pé, poderia ate estar contando os passos, porque não passava nada em minha mente inicialmente, até passar perto dos lugares que me fizeram lembranças na minha vida. No caminho não encontrei ninguem, fiquei com aquele sentimento de puro vazio do domingo, esqueci de celular, esqueci de faculdade, de serviço, esqueci de todas as responsabilidades, acho até mesmo que esqueci da vida de adulto, estava com a cabeça de um garotinho de 12 anos que sai correndo para pegar uma pipa que cai no ar, estava correndo atraz de sonhos, dispostos a nao deixá-los cair novamente.

Não quero pensar, não! Hoje estou assim, sem grandes palavras. Tenho saudades das pessoas que habitualmente me cercavam. Daqueles momentos passados com essas mesmas, dos risos verdadeiros, das brincadeiras... de tudo! Mas vejo que o mundo está girando, e muito rapido por sinal. Meus melhores amigos estão casados, cansados, alguns deles nem morando nesta cidade estão mais, outros muito ocupado com trabalho e com problemas familiares. Pessoas que eu considerava muito viraram as costas pra mim e caminharam em uma direçao totalmente diferente.

Como agente se desabitua das coisas, meus domingos eram melhores antigamente, mas talvez eu apenas esteja pagando o preço. Como pedir desculpas, perdão? Como fazer com que tudo volte no tempo em que você virava pro lado e estava tudo lá? Como trazer aquilo que voce mais gostava de volta? Como fazer intender o que agente pensa? Fazer indender meus sentimentos? Será que eu desapontei o mundo? Vou seguindo com meus passos andando por essas ruas por onde nunca andei. Eu quero ter tranquilidade, eu quero não ver mais essas coisas.

Ontem eu tirei meu anel do dedão, me senti muito estranho, e como se eu estivesse andando pelado pela rua. Pra ter uma ideia, são 14 anos usando um anel, parece que ele era meu amuleto, mas na verdade não era, porque meu amuleto se foi do nada e nada poderá subistitui-lo. Ainda ando com essas “pessoas imaginárias” do meu lado, e parece que ontem eles estavam fazendo uma convenção, vozes, ombros pesados, calafrios.

Domingo, dia de familia, dia dela. Como é dificil estar num mar de gente e mesmo assim ainda estar sozinho, parece que nada tem vida, parece que nada flui, nada tem luz, tudo tá ruim, tá um vazio danado. Caminhar sozinho é meio tenso, mas antes estar sozinho do que mal acompanhado. Quando agente anda pelas ruas você percebe coisas diferentes, coisas que com a velocidade do dia em um carro você nunca perceberia, as pessoas estão ali, todas elas com uma história, é muito interessante saber que cada uma tem uma realidade diferente e é nesse momento que agente se pergunta, o que eu estou fazendo nesse mundo? Sera que tudo esta envolvendo a vida profissional, dinheiri, estudar, ser alguém? Onde fica a parte afetiva, o social, o sorrizo, o amor?

Acho que já caminhei dimais, entro em contradição com meu querer, não sei se quero refletir ou apenas escequer do que eu nao consigo apagar da memória. O tempo frio é mais cruel ainda, vem a tona pensamentos intimos, únicos, é perfeita a senção de sentir esse vento frio no corpo, essa brisa que toca o rosto, bem de leve, tranquila, perfeito sentar no banco dessa praça, longe de casa, abrir os braços, escutar com um ouvido seletivo, no meio do barulho da cidade, o barulho do vento nas arvores que me cobre com uma enorme sombra, descansar, fechar os olhos, replanejar o futuro, talvez até sonhar um pouco. Pronto para voltar.


(by bOw - a pé em 17/05/2009)

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O asfalto esta liso demais, o mundo redondo demais, o corpo com suas curvas, perfeito demais, pessoas que respiram por ai vivas demais. Nada vale o que se vê, mas o que se sente... O mundo é impensado e organizado demais!
Fui a minha sombra ao sol do meio dia, sou esse corpo que caminha, e serei um mistério algum dia.
Eu sou masturbação mental, aquele zumido no teu ouvido, as borboletas do seu estômago e a sujeira mais íntima, pois ninguém tem um troço como eu.

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