Ciano
Na complexidade de um olhar,
sentado em uma mesa a beira mar,
vi um barco sumir no seu navegar,
vi a onda vir e ir,
me fez sorrir,
maldita decepção,
molhou meus pés,
e foi embora sem paixão.
Vi o sol se esconder no oceano,
deixando a lua como um anjo arcano,
imagem lírica de um deus profano,
emitindo luz pelos seus olhos ciano.
Se ontem eu deixei vazio no peito,
hoje me encho do teu jeito,
prefiro esperar o tempo,
pretérito perfeito,
ou será... imperfeito?
Sei da amplitude do gostar,
mesmo querendo me declarar,
com uma singela palavra,
conjugar o verbo amar,
no futuro que ti desbrava,
meu receio de virar mar.
Talvez seja gostar do gosto,
ou beijar no rosto,
cheirar pescoço exposto,
arranhar meu dorso,
e me chamar de teu moço.
Meus olhos a observou,
um comentário me deslocou,
timidez me deixou rude,
eu adorei sua atitude,
que me demonstrou,
toda sua amplitude.
hoje me intrometo no sentimento,
de quem receio que vire vento,
pela sinfonia de tua voz,
recitando bem veloz,
toda nossa história,
em versos de um soneto.
(by bOw - perturbado com um foda-se 07/08/2009)
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